O que é a dengue?
A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus. Este vírus pode ser de quatro sorotipos diferentes: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Nos países tropicais, a dengue é um sério problema de saúde pública, pois as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti, principal mosquito transmissor da doença.
Onde existe dengue?
A dengue existe no Sudeste Asiático, na África e nas Américas.
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Dengue no Brasil (2007) |
No Brasil, quando começou a dengue?
No Brasil há referências à dengue desde 1846, quando teria havido uma epidemia no Rio de Janeiro. Há registros de epidemias em São Paulo, entre 1852 e 1853 e em 1916. Em 1923 ocorreu uma epidemia em Niterói. A primeira epidemia documentada clínica e laboratorialmente ocorreu em 1981, em Boa Vista, Roraima, causada pelos tipos 1 e 4. Em 1986, a epidemia de dengue atinge o Rio de Janeiro, Ceará e Alagoas. Só no Rio de Janeiro ocorreram 1.000.000 de casos.
No Estado de São Paulo, em 1990, começa uma grande epidemia na região de Ribeirão Preto, que se disseminou para outras regiões. Em 1995, já havia 14 municípios envolvidos com a transmissão da dengue. Atualmente, a situação é alarmante: temos o mosquito Aedes aegypti em 24 Estados, com aproximadamente 1.000 municípios infectados.
Como a dengue é transmitida?
A dengue é transmitida por um vetor (agente transmissor da doença), no caso, por um mosquito. No Brasil, o principal vetor é o mosquito da espécie Aedes aegypti. Ele não é, porém, o único vetor da dengue: o mosquito Aedes albopictus, apesar de não estar tendo participação na epidemia aqui no Brasil, também pode ser agente transmissor da doença. Na Ásia, ele é um vetor comprovado.
Como o Aedes aegypti transmite a doença?
A transmissão se dá pela picada do mosquito Aedes aegypti que ficou infectado porque picou uma pessoa doente. Esse mosquito infectado, picando uma pessoa sadia, passa o vírus da dengue e esta pessoa fica doente. Não há transmissão pelo contato direto de uma pessoa doente para uma pessoa sadia. Também não há transmissão pela água, por alimentos ou por quaisquer objetos. A dengue também não é transmitida de um mosquito para outro.
Quais os hábitos do Aedes aegypti e por que é importante conhecê-lo?
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É importante conhecer os hábitos do mosquito para melhor combatê-lo. O mosquito Aedes aegypti é uma espécie doméstica. Nasce e se reproduz em água parada, limpa, de preferência em recipientes fabricados pelo homem, como latas, pneus, vasos etc., dentro ou perto das habitações humanas. É encontrado também em ocos de árvores, desde que estejam próximos às casas. Dificilmente é encontrado a mais de 100m das residências.
A fêmea, para pôr seus ovos, é atraída principalmente por recipientes com boca larga, que estejam em locais sombreados. As temperaturas mais altas também estimulam a oviposição, isto é, a postura dos ovos. A fêmea deposita e fixa seus ovos nas bordas dos recipientes.
Quem pica, quando e por que?
Quem pica é a fêmea e o faz para sugar o sangue. Os mosquitos acasalam 1 ou 2 dias após tornarem-se adultos. A partir daí, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que fornece as proteínas necessárias para o desenvolvimentos dos ovos. As fêmeas têm preferência pelo sangue humano. Elas atacam vorazmente. São ativas durante o dia, podendo picar várias pessoas diferentes, o que explica a rápida explosão das epidemias de dengue.
Como se desenvolve o mosquito Aedes aegypti?
O desenvolvimento do mosquito se dá em etapas: ovo => larva => pupa => adulto. Depois que a fêmea pôs os ovos em condições adequadas, isto é, quando há calor e umidade, o desenvolvimento do embrião se faz em 48 horas. Os ovos que carregam este embrião podem suportar longos períodos de seca e serem transportados, grudados nas bordas dos recipientes, por longas distâncias. Essa é uma das razões pelas quais é difícil a erradicação do Aedes aegypti.
O Aedes aegypti demora, em média, de 10 a 12 dias para passar da fase de ovo até se tornar um mosquito adulto. Este período é importante no combate ao mosquito, pois é mais fácil combatê-lo antes dele se tornar adulto.
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Qual o tempo de vida do Aedes aegypti?
A vida média de uma fêmea adulta é de 45 dias. É importante lembrar de que, uma vez infectada pelo vírus, a fêmea permanecerá assim até o fim de sua vida.
Quais são as condições ideais para que o Aedes aegypti prolifere?
Há uma relação direta, nos países tropicais, entre as chuvas e o aumento do número de vetores. A temperatura influi na transmissão da dengue. Raramente ocorre transmissão da dengue em temperaturas abaixo de 16º C. A transmissão ocorre preferencialmente em temperaturas superiores a 20º C. A temperatura ideal para a proliferação do Aedes aegypti estaria em torno de 30 a 32 ºC.
Quem pode "pegar" dengue?
A suscetibilidade é universal, isto é, todo mundo pode "pegar" dengue, independentemente do sexo e idade. Observa-se que grupos mais expostos ao vetor adquirem mais a doença. É o caso das mulheres que, em razão do maior tempo de permanência no ambiente doméstico, têm maior risco de contrair a dengue.
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Quanto dura o período de incubação?
Depois que a pessoa foi picada por um mosquito contaminado, ela não fica logo doente; começa a sentir os sintomas após 3 e até 15 dias. O intervalo sem sintomas chama-se "Período de Incubação".
Uma pessoa pode ter dengue mais de uma vez?
Pode, se for infectada por tipos ou, mais precisamente, sorotipos diferentes de vírus. São conhecidos quatro sorotipos do vírus da dengue: o 1, 2, 3 e o 4. Quando uma pessoa é picada por um mosquito infectado com um vírus de um sorotipo, adquire imunidade permanente para este sorotipo, mas não para os demais. Por exemplo, um indivíduo teve dengue causada pelo sorotipo 2 e é picado por um mosquito infectado com um vírus do sorotipo 1; neste caso ele pode ter dengue novamente, pois só tem anticorpos para sorotipo 2 e não para 1.
Existe mais de uma forma clínica de dengue?
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Dengue Clássica | Dengue Hemorrágica |
A dengue pode se apresentar – clinicamente – de quatro formas diferentes formas: Infecção Inaparente, Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome de Choque da Dengue. Dentre eles, destacam-se a Dengue Clássica e a Febre Hemorrágica da Dengue.
Infecção
Inaparente
A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta
nenhum sintoma. A grande maioria das infecções da dengue não apresenta sintomas.
Acredita-se que de cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas ficam doentes.
Dengue
Clássica
A Dengue Clássica é uma forma mais leve da doença e
semelhante à gripe. Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7
dias. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço,
dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas
vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros
sintomas.
Os sintomas da Dengue Clássica duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição.
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Dengue
Hemorrágica
A Dengue Hemorrágica é uma doença grave e se caracteriza por alterações
da coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a
Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da
doença surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na
pelo e nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica pode provocar
hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.
Na Dengue Hemorrágica, assim que os sintomas de febre acabam a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
O que uma pessoa deve fazer se achar que está com dengue?
- Procurar um Serviço de Saúde logo no começo dos sintomas. Diversas doenças são muito parecidas com a dengue, e têm outro tipo de tratamento.
- Beber bastante líquido, evitando-se as bebidas com cafeína (café, chá preto). Não tomar remédios por conta própria, mesmo aqueles normalmente indicados para dor ou febre. Todos os medicamentos podem ter efeitos colaterais e alguns que podem até piorar a doença. A dengue não tem tratamento específico. Os medicamentos são empregados para atenuar as manifestações (dor, febre).
- Informar ao médico se estiver em uso de qualquer remédio. Alguns medicamentos utilizados no tratamento de outras doenças (Marevan®, Ticlid® etc.) podem aumentar o risco de sangramentos.
- Não tomar nenhum remédio para dor ou para
febre que contenha ácido acetilsalicílico (AAS®, Aspirina®, Melhoral® etc.) –
que pode aumentar o risco de sangramento.
Os antiinflamatórios (Voltaren®, Profenid® etc) também
não devem ser utilizados como antitérmicos pelo risco de efeitos colaterais,
como hemorragia digestiva e reações alérgicas.
Os remédios que tem dipirona (Novalgina®, Dorflex®,
Anador® etc.) devem ser evitados, pois podem diminuir a pressão ou, às vezes,
causar manchas de pele parecidas com as da dengue.
Medidas de Controle
Antes de mais nada é importante nos lembrarmos de que o combate á dengue é uma responsabilidade dos governos, sejam eles da esfera federal, estadual ou municipal. O governo deve ter o controle da situação, isto é, deve possuir um sistema de vigilância que o mantenha permanentemente a par de como está a doença na população. Ele deve saber quantos casos existem, onde estes casos se localizam, qual a forma da doença e o tipo de vírus que está em circulação. Ao mesmo tempo que controla a doença, precisa estabelecer mecanismos de ataque ao vetor, especialmente visando o combate aos ovos e larvas, seja eliminando-os, seja impedindo o seu surgimento.
A coletividade deve participar das atividades que visem o combate à dengue, pois só a atuação conjunta do governo e da população levarão ao controle da dengue.
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Eliminar o mosquito da dengue é a única maneira de evitar uma epidemia
O mosquito Aedes aegypti é escuro, com listras brancas, menor que um pernilongo, e tem por hábito picar durante o dia.
O melhor método para se combater a dengue é evitando a procriação do mosquito Aedes aegypti que é feita em ambientes úmidos em água parada, seja ela limpa ou suja.
Quando a equipe da Fundação Nacional de Saúde - FNS passar com o "fumacê" que pulveriza inseticida, abra completamente as portas e janelas, cubra os alimentos, as gaiolas, os aquários, e os latões contendo água de beber.
Não deixe acumular água em pratos de
vasos de plantas e xaxins.
Na hora de lavar o recipiente, passe um
pano grosso ou bucha nas bordas para remover os ovos do mosquito que
podem estar nas paredes ou no fundo do recipiente.
Substitua a água dos vasos de plantas
por areia grossa umedecida.
Esvazie as
garrafas sem uso. Elas devem ser
guardadas de boca para baixo, de preferência em lugares cobertos.
Pneus velhos
são um dos lugares preferidos do mosquito da dengue. Logo, eles devem ser
furados ou guardados em lugar coberto.
Mantenha as
caixas d'água, poços, latões, cisternas e filtros bem fechados.
Troque diariamente a água
de bebedouros de animais, que devem ser guardados em locais frescos. Lave bem o
recipiente com uma escova ou bucha.
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Mantenha
limpas as calhas, lajes e piscinas.
Elimine a água acumulada
em bambus, bananeiras, bromélias, etc.
Evite plantas que acumulem
água, como gravatás, babosa, espada-de-São-Jorge, entre outras.
Todo material descartável
que acumula água tais como copos de plástico, latas e tampinhas de garrafa
e sapatos velhos, deve ser jogado no lixo.
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A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de curta duração (no máximo 10 dias), gravidade variável, causada pelo vírus amarílico.
Quem Transmite a Febre Amarela
O mosquito transmissor da febre amarela urbana é o Aedes aegypti. Na febre amarela silvestre os mosquitos do gênero Haemagogus são os principais transmissores. No Brasil, desde a década de 1949 não há transmissão urbana. Os casos confirmados são de febre amarela silvestre.
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Período de Incubação
Existe o período de incubação para o ser humano e para o mosquito. O período de incubação, no ser humano, é de três a seis dias após a picada do mosquito infectado. O período de incubação no mosquito é de 9 a 12 dias e depois de infectado o mosquito permanece nesta condição por toda a vida, que é em média de 3 a 4 meses.
Aspectos Clínicos
A febre amarela pode causar quadros praticamente inaparentes até formas graves da doença.
Os primeiros sintomas tem início súbito e sintomas gerais como febre, calafrios, dores de cabeça, dores musculares, náuseas, vômitos e fotofobia. Após este período a doença pode evoluir para a cura ou para formas mais graves. Nestas, aparece novo acesso febril, icterícia progressiva e fenômenos hemorrágicos (sangramento nasal, bucal, cutâneo, no vômito e nas fezes), queda da pressão arterial e prostração.
Medidas de Controle
- A principal medida de controle é a vacinação. Deve ser feita para todas as pessoas que se desloquem para regiões endêmicas. O reforço deve ser dado a cada 10 anos;
- Não há necessidade de isolamento do paciente;
- O combate do Aedes aegypti, através de ações de saneamento básico (controle do lixo) e de educação em saúde (não deixar água parada em vasos de plantas e outros objetos que possam acumular água, tampar o lixo e as caixas de água, cobrir pneus) constituem-se medidas importantes de controle.
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Conduta Frente a um Caso
- Procurar imediatamente os serviços públicos de saúde e,
- Notificar imediatamente as autoridades competentes.
Regiões Endêmicas
Brasil - Acre, Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Maranhão, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Rondônia e Distrito Federal.
África Tropical - Nigéria, Gana, Gâmbia, Sudão
Américas - Bolívia, Equador, Colômbia, Peru e Venezuela
A Dengue é uma doença transmitida pela picada dos mosquitos Aedes aegypti ou Aedes albopictus, contaminados após terem picado uma pessoa doente.
Os sintomas da Dengue são semelhantes a uma gripe: dores de cabeça e nas articulações, fraqueza, falta de apetite, febre e carocinhos avermelhados na pele. Sua duração varia de 5 a 7 dias. A dengue também pode se manifestar na forma hemorrágica que atinge, principalmente, as pessoas anteriormente acometidas pela forma benigna da doença. Ela se caracteriza por alterações no sistema circulatório, com a fragilização das paredes das veias, o que ocasiona sangramentos de intensidade variada.
Não existe tratamento específico contra a dengue. A pessoa doente de dengue deve manter-se em repouso, beber muito líquido e só usar medicamento para aliviar as dores e febre. Não devem ser usados remédios à base de ácido acetilsalicílico, como a Aspirina e o AAS. Caso haja piora do estado do doente deve-se procurar orientação médica.
As pessoas que já contraíram a forma benigna devem procurar, imediatamente, atendimento médico em caso de reaparecimento dos sintomas, pois pode ocorrer o risco de estar com dengue hemorrágico, que é a forma mais grave da doença, e que pode levar à morte.
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A febre amarela é uma doença infecciosa causada pelo vírus amaril que é transmitido por mosquitos do gênero Aedes. Existe sob duas formas: a febre amarela "urbana", transmitida de homem para homem pelo Aedes, e a febre amarela "da selva", cujo vírus é alimentado nos animais, sobretudo nos macacos das florestas tropicais, pelos mosquitos zoófilos. A desinsectização e a vacinação são os únicos meios eficazes para limitar a sua extensão.
É uma doença endemo-epidémica nas regiões tropicais da África e da América. Nunca foi assinalada na Ásia nem na Oceania, ainda que a presença do Aedes e as condições climáticas sejam teoricamente favoráveis à sua implantação em certos territórios.
A febre-amarela urbana é transmitida por um mosquito do gênero Aedes, na maior parte dos casos pelo Aedes aegypti. É um inseto muito comum, vivendo com freqüência na vizinhança das casas; as larvas encontram-se nos recipientes que servem para guardar água ou nas latas de conserva usadas.
Um fato importante é que o vírus deve cumprir um ciclo no corpo do mosquito, o qual só se torna infectante após uma incubação cuja duração varia em função da temperatura exterior (12 dias a 23 ºC; 4 dias a 37 ºC). Abaixo dos 18 ºC, o mosquito deixa de transmitir a doença. Isto explica por que motivo os casos provocados pelos Aedes trazidos para países temperados não originam epidemias.
A febre amarela da selva transmite-se de um macaco para outro por mosquitos zoófilos que tanto podem ser Aedes como Haemagogus (mosquitos azuis).
http://www.prodam.sp.gov.br
http://www.embasa.ba.gov.br
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