Reino Protista

 

Células de Protistas

Plâncton

Classificação dos protozoários

Rizópodes ou sarconídeos

Flagelados

Esporozoários

Ciliados

Classificação das algas inferiores

Crysophyta

Pyrrophyta

Euglenophyta

Doenças - Geral

Doença de chagas

Malaria

Toxoplasmose

 

Fontes de pesquisa

 

 

 

Células de Protistas

Os protistas são as algas unicelulares e os protozoários. A célula de um protista é semelhante às células de animais e plantas, mas há particularidades. Os plastos das algas são diferentes dos das plantas quanto à sua organização interna de membranas fotossintéticas. Ocorrem cílios e flagelos para a locomoção. Alguns protozoários, como certas amebas, têm envoltórios protetores, as tecas. Os radiolários e heliozoários possuem um esqueleto intracelular composto de sílica. Os foraminíferos são dotados de carapaças externas feitas de carbonato de cálcio. As algas diatomáceas possuem carapaças silicosas. Os protistas podem ainda ter adaptações de forma e estrutura de acordo com o seu modo de vida: parasita, ou de vida livre.

Segundo a classificação do mundo vivo em cinco reinos (Whittaker – 1969), um deles, o dos Protistas, agrupa organismos eucariontes, unicelulares, autótrofos e heterótrofos. Neste reino se colocam as algas inferiores: euglenófitas, pirrófitas (dinoflagelados) e crisófitas (diatomáceas), que são Protistas autótrofos (fotossintetizantes). Os protozoários são Protistas heterótrofos.

Protozoários são seres microscópicos, eucariontes e unicelulares. Constituem um grupo com cerca de 20 mil espécies. É um grupo diversificado, heterogêneo, que evoluiu a partir de algas unicelulares.

Em alguns casos essa origem torna-se bem clara, como por exemplo, no grupo de flagelados. Há registro fóssil de protozoários com carapaças (foraminíferos), que viveram há mais de 1,5 bilhão de anos, na Era Proterozóica. Grandes extensões do fundo dos mares apresentam espessas camadas de depósitos de carapaças de certas espécies de radiolários e foraminíferos. São as chamadas vasas.

Os protozoários são, na grande maioria, aquáticos, vivendo nos mares, rios, tanques, aquários, poças, lodo e terra úmida. Há espécies mutualísticas e muitas são parasitas de invertebrados e vertebrados. Eles são organismos microscópicos, mas há espécies de 2 a 3 mm. Alguns formam colônias livres ou sésseis.

Muitos protozoários apresentam orgânulos especializados em determinadas funções, daí serem funcionalmente, semelhantes aos órgãos. Suas células, no entanto, podem ser consideradas “pouco especializadas”, já que realizam, sozinhas, todas as funções vitais dos organismos mais complexos, como locomoção, obtenção do alimento, digestão, excreção, reprodução. Nos seres pluricelulares, há divisão de trabalho e as células tornaram-se muito especializadas, podendo até perder certas capacidades como digestão, reprodução e locomoção.

A célula do protozoário tem uma membrana simples ou reforçada por capas externas protéicas ou, ainda, por carapaças minerais, como certas amebas (tecamebas) e foraminíferos. Há estruturas de sustentação, como raios de sulfato de estrôncio, carapaças calcáreas ou eixos protéicos internos, os axóstilos, como em muitos flagelados.

O citoplasma está diferenciado em duas zonas, uma externa, hialina, o ectoplasma, e outra interna, granular, o endoplasma. Nesta, existem vacúolos digestivos e inclusões.

 

Digestão

Nas espécies de vida livre há formação de vacúolos digestivos. As partículas alimentares são englobadas por pseudópodos ou penetram por uma abertura pré-existente na membrana, o citóstoma. Já no interior da célula ocorre digestão, e os resíduos sólidos não digeridos são expelidos em qualquer ponto da periferia, por extrusão do vacúolo, ou num ponto determinado da membrana, o citopígio ou citoprocto.

 

Paramécio - Esquema

vacúolo contrátil

 

Respiração

A troca de gases respiratórios se processa em toda a superfície celular.

 

Excreção

Os produtos solúveis de excreção podem ser eliminados em toda a superfície da célula. Nos protozoários de água doce há um vacúolo contrátil, que recolhe o excesso de água absorvido pela célula, expulsando-a de tempos em tempos por uma contração brusca. O vacúolo é portanto osmorregulador.

 

Plâncton

 Corresponde a um conjunto de seres que vivem em suspensão na água dos rios, lagos e oceanos, carregados passivamente pelas ondas e correntes. No plâncton distinguem-se dois grupos de organismos:

fitoplâncton: organismos produtores (fotossintetizadores), representados principalmente por dinoflagelados e diatomáceas, constituem a base de sustentação da cadeia alimentar nos mares e lagos. São responsáveis por mais de 90% da fotossíntese no planeta.

zooplâncton: organismos consumidores, isto é, heterótrofos, representados principalmente por protozoários, pequenos crustáceos e larvas de muitos invertebrados e de peixes.

 

Fitoplâncton

zooplâncton

 

Classificação dos protozoários

A classificação dos protozoários baseia-se fundamentalmente nos tipos de reprodução e de organelas locomotoras. A locomoção se faz por batimento ciliar, flagelar, por emissão de pseudópodos e até por simples deslizamento de todo o corpo celular. Em alguns ciliados há, no lugar do citoplasma, filamentos contráteis, os mionemas. Os pseudópodos, embora sendo expansões variáveis do citoplasma, podem se apresentar sob diferentes formas.

Ameba

 

Na tendência moderna, os protozoários estão incluídos no Reino Protista, subdivididos em quatro filos:

 

Rizópodes ou sarconídeos

Entamoeba histolytica

 São marinhos, de água doce ou parasitas. Têm um ou mais núcleos, vacúolos digestivos e vacúolos contráteis (apenas nos de água doce).

São amebas (“nus”); radiolários e foraminíferos (têm carapaças com formas bastante vistosas, feitas de calcário ou de sílica - importantes indicadores da existência de jazidas de petróleo).

 Os Rizópodes caracterizam-se por apresentarem pseudópodes como estrutura de locomoção e captura de alimentos.

Podem ser de vida livre ou parasitas (Entamoeba histolytica).

 As amebas de vida livre que vivem em água doce apresentam vacúolo contrátil ou pulsátil para osmorregulação, eliminando o excesso de água que vai entrando no seu citoplasma (hipertônico), vindo do ambiente mais diluído (hipotônico).

Em condições desfavoráveis, por exemplo, sujeita à desidratação, a Entamoeba produz formas de resistência, os cistos, com quatro núcleos no seu interior (partição múltipla).

A reprodução assexuada é por bipartição simples ou cissiparidade.

Dentre as amebas é importante a Entamoeba histolytica, que parasita o intestino humano, causando a disenteria amebiana ou amebíase.

 

Flagelados

 

 

Existem flagelados de vida livre (Euglena – possuem clorofila e realizam fotossíntese; podem, também, nutrir-se de forma heterótrofa = zooflagelados), mutualísticos (Trichonympha, no intestino de cupins – fornecem a enzima celulase) e parasitas (Trypanosoma cruzi). Nos coanoflagelados, há uma espécie de colarinho que serve para a captura de partículas alimentares; têm estrutura muito semelhante aos coanócitos, células típicas das esponjas.

 

 

Cupim e Trichonympha

Intestino aberto (cupim)

 

Devido a isso, há teorias que sugerem uma relação filogenética entre coanoflagelados e esponjas.

A reprodução é sexuada ou assexuada por divisão longitudinal. Podem ter um ou mais flagelos e em alguns há também pseudópodos. No gênero Trypanosoma há uma membrana ondulante que auxilia na locomoção. Este filo tem muitos importantes parasitas humanos:

Leishmania braziliensis, Causa à leishmaniose tegumentar.

Trypanosoma cruzi. Causa a doença de Chagas.

Giardia lamblia. Causa a giardíase (intestinal).

Trichomonas vaginalis. Causa a tricomoníase (no aparelho genital).

 

Leishmaniose tegumentar

Giardia lamblia

 

Esporozoários

 Não possuem orgânulos para locomoção.

São todos parasitas e apresentam um tipo de reprodução assexuada especial chamada de esporulação: uma célula divide seu núcleo numerosas vezes; depois, cada núcleo com um pouco de citoplasma é isolado por uma membrana, formando assim vários esporos a partir de uma célula.

 

 

Esquizogonia - O ciclo vital apresenta alternância de reprodução assexuada e sexuada.

O principal gênero é o Plasmodium, com várias espécies causadoras da malária. é importante também o Toxoplasma gondii, causador da doença toxoplasmose, de grande seriedade em mulheres grávidas até o terceiro mês.

 

Ciliados

 É o grupo mais altamente especializado. Apresentam cílios, cirros e membranelas. Estas duas últimas estruturas resultam da concrescência de muitos cílios. Entre eles estão os protozoários “gigantes” como os paramécios (Paramecium) muito usados em estudos; aqui estão os protozoários de organização mais complexa. A maioria é de vida livre.

 

Paramecium

Balantidium coli

 

 Além de orgânulos especializados, possuem dois núcleos: macronúcleo (funções vegetativas) e micronúcleo (funções genéticas: hereditariedade e reprodução); apresentam extremidades anterior e posterior; na membrana, a entrada do alimento se dá pelo citóstoma e a saída de resíduos pelo citopígio (= citoprocto).

 O Balantidium coli é a única espécie ciliada parasita do homem (intestino).

A reprodução sexuada por conjugação consiste no pareamento de dois paramécios, com fusão das membranas e em seguida troca de material genético dos micronúcleos. Depois os paramécios se separam e se reproduzem assexuadamente por cissiparidade.

 

 

 

 

 

 

Reprodução sexuada por conjugação (Paramécios)

 

Classificação das algas inferiores

Segundo a classificação do mundo vivo em cinco reinos (Whittaker – 1969), um deles, o dos Protistas, agrupa organismos eucariontes, unicelulares, autótrofos e heterótrofos. Neste reino se colocam as algas inferiores: euglenófitas,  pirrófitas (dinoflagelados) e crisófitas (diatomáceas), que são Protistas autótrofos (fotossintetizantes). Os protozoários são protistas heterótrofos.

Suas células possuem membrana celular, carioteca, plastos de diferentes tipos e em pequeno número, às vezes, apenas um em cada célula; possuem mitocôndrias, além de outras organelas celulares. Possuem membrana esquelética.

No reino Vegetal, estão as algas pluricelulares  (vermelhas, pardas e verdes), que mostram todas as características básicas dos vegetais. Assim como todos os vegetais, elas são eucariontes, pluricelulares e exclusivamente autótrofas.

 

Crysophyta

As células das diatomáceas possuem parede celular rígida denominada frústula ou carapaça, composta por duas valvas que se encaixam e podem apresentar grande diversidade de formas e de ornamentação. Existem depósitos seculares dessas carapaças, denominados terra de diatomáceas ou diatomito. Essas carapaças são utilizadas na fabricação de cosméticos, filtros e produtos de polimento.

 

Diatomáceas

 

Pyrrophyta

 Eucarióticas: 

·         · Clorofila a e c2;

·         · Xantofilas (peridina, neoperidina, dinoxantina etc) e carotenos (principalmente beta-caroteno);

·         · Reserva: amido e óleo;

·         · Parede celular: (quando presente) celulose;

Dinoflagelado

·         · Presença de dois flagelos.

 

Os dinoflagelados ocorrem principalmente no plâncton marinho. No entanto, podem existir formas de água doce.

Fazem parte da organização celular:

·         Parede celular;

·         Cloroplastos;

·         Pigmentos: clorofila a, clorofila c2 e carotenóides;

·         Reserva: amido e óleo;

·         Núcleo: mesocariótico com cromossomos sempre condensados;

·         Flagelos.

 

Reproduzem-se vegetativamente através de simples divisão celular. Ocorre também reprodução sexuada através da formação de gametas (isogamia ou anisogamia). São organismos haplobiontes haplontes.

Representantes desta divisão podem causar as marés vermelhas, que correspondem a um aumento do número de indivíduos de uma dada espécie, formando manchas de coloração visível nos mares, devido à alta intensidade. Ocorrem principalmente em águas costeiras ricas em nutrientes. Podem causar morte de peixes, pelo consumo exagerado de oxigênio e produção de toxinas. Estas toxinas agem no sistema nervoso. Os moluscos geralmente não são sensíveis, mas podem acumular tais toxinas, que podem atingir o homem e outros mamíferos através da ingestão destes moluscos.

Alguns gêneros de Dinophyta (=Pyrrophyta) apresentam bioluminescência. Através da oxidação da luciferina pela luciferase, ocorre a formação de um produto excitado que libera fótons.

 

Maré vermelha composta por Noctiluca

 

Euglenophyta

 

Eucarióticas:

·         Núcleo mesocariótico;

·         Clorofila a e b;

·         Xantofilas (neoxantina e anteraxantina) e carotenos (principalmente beta-caroteno);

·         Reserva: paramilo;

·         Ausência de parede celular;

·         Presença de película protéica organizada espiraladamente ao redor do citoplasma;

·         Presença de mancha ocelar (=estigma);

·         Presença de um ou dois flagelos por célula.

 

Euglena

Mancha ocelar

 

 São descritas cerca de 800 espécies que ocorrem em ambiente marinho ou de água doce. Além de formas clorofiladas, existem formas incolores e saprófitas. As euglenofíceas clorofiladas são comumente encontradas em ambientes ricos em matéria orgânica, podendo assimilar estas substâncias. O gênero mais estudado é Euglena.

A grande maioria é unicelular, existindo apenas um gênero colonial. Geralmente apresenta um flagelo anterior e mancha ocelar na porção anterior do citoplasma.

Fazem parte da estrutura celular:

·         Parede celular; Cloroplasto;

·         Pigmentos: clorofila a, clorofila b e carotenóides;

·         Pirenóide;

·         Reserva: paramilo;

·         Núcleo: cromossomos sempre condensados;

·         Flagelo.

 

Conhece-se apenas reprodução vegetativa, através de divisão longitudinal da célula. Quando as condições ambientais tornam-se desfavoráveis, o indivíduo, que é constituído por apenas uma célula, transforma-se em cisto, que permanece dormente até que as condições tornem-se favoráveis.

 

Doenças - Geral

Espécie

Classe

Doença

Sintomas

Transmissão

Entamoeba histolytica
(monoxeno)

Rizópode

amebíase

Ulcerações intestinais, diarréia, colite, enfraquecimento.

ingestão de água ou alimentos contaminados com cistos, eliminados com fezes humanas.

Trypanosoma cruzi
(heteroxeno)

Flagelado

doença de
Chagas

miocardite, lesões da musculatura do tubo digestivo (esôfago).

fezes do inseto
percevejo Triatoma (barbeiro), através de lesões na pele.

Trypanosoma
gambiensi

(heteroxeno)

Flagelado

doença do
sono

Lesões meningo encefálicas,
ingurgitamento de gânglios cervicais.

picada da mosca
tsé-tsé (Glossina).
Ocorre na África.

Leishmania
brasiliensis

(heteroxeno)

Flagelado

leishmaniose
tegumentar
americana
(úlcera de Bauru)

ulcerações no rosto
(nariz, boca, faringe), braços e pernas. Necrose de tecidos conjuntivos.

picada do mosquito-palha ou birigüi (Lutzomyia ou Phlebotomus).

Trichomonas
vaginalis

(monoxeno)

Flagelado

tricomoníase
(D.S.T.)

prurido, vaginite,
uretrite, corrimento.

relação sexual;
água, toalha e objetos úmidos contaminados.

Giardia
lamblia

(monoxeno)

Flagelado

giardíase

colite, com dores intestinais; diarréia.

ingestão de água ou alimentos
contaminados com
cistos, eliminados com fezes humanas.

Balantidium
coli

(monoxeno)

Ciliado

balantidíase

diarréia, febre,
anorexia, cólicas
abdominais, cefaléia, fraqueza.

ingestão de água ou
alimentos contaminados com
cistos, eliminados
com fezes humanas.

Plasmodium
vivax

(heteroxeno)

Esporozoário

malária
(febre terçã
benigna)

febres, anemia, lesões no baço, fígado e medula óssea.

picada da fêmea do mosquito-prego (Anopheles).

Toxoplasma gondii
(heteroxeno)

Esporozoário

toxoplasmose
(congênita ou
adquirida)

alteração no volume craniano; calcificações cerebrais; corio-
retinite; retardamento
mental.

água contaminada com cistos eliminados com as fezes do gato. Ingestão de carne crua (porco, boi) com cistos.

 

Doença de chagas

Aspectos Epidemiológicos

A Doença de Chagas era, primitivamente, uma enzootia que afetava exclusivamente animais silvestres, transmitida por triatomíneos também silvestres. O homem, ao invadir estes ecótopos naturais, possibilitou que os triatomíneos se instalassem em seus domicílios, transformando a tripanosossomíase americana em uma antropozoonose. É uma parasitose exclusiva do continente americano. No Brasil, o risco da transmissão correspondia a 36% do território do país, atingindo mais de 2.450 municípios, que se estendiam do Maranhão ao Rio Grande do Sul, incluindo grande parte das regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste. O inquérito sorológico nacional, realizado no final da década de 70, estimou a existência de 5 milhões de brasileiros infectados pelo Trypanosoma cruzi.

Trypanosoma cruzi no sangue de um paciente infectado

Grande parte dessas infecções se deram na área rural, em virtude do contato dos indivíduos com fezes de triatomíneos domiciliados. Até recentemente, esta era a principal forma de transmissão da infecção. As medidas de controle adotadas, centradas no combate dos vetores domiciliados com inseticidas, proporcionou a virtual eliminação da principal espécie vetora no país, o Triatoma infestans, em parte desta área modificando consideravelmente a epidemiologia da doença, no que diz respeito à sua incidência e formas de transmissão. Casos autóctones, que até recentemente vinham sendo detectados de maneira isolada na Amazônia, vêm aumentando gradativamente nos últimos anos, ao mesmo tempo em que espécies de triatomíneos silvestres aproximam-se perigosamente do domicílio humano, o que significa que a endemia pode se expandir geograficamente. A doença de Chagas, muito comum em toda a América Latina, é uma parasitose que ataca o sangue e os órgãos do corpo. Seu agente causador é o protozoário Trypanosoma cruzi, que vive no intestino dos barbeiros, insetos que infestam as habitações humildes e que, por se alimentarem de sangue, mordem o homem e outros pequenos mamíferos - neste ato tanto lhes transmitem a doença de Chagas quanto se infectam com o sangue de quem já estiver contaminado.

A doença de Chagas humana disseminou-se entre as populações rurais latino-americanas, acompanhando, nos últimos três séculos, os movimentos migratórios do homem - que invadia os locais naturais em que vivem os barbeiros, condutores ou vetores da doença. Recentemente, essa doença vem se tornando mais urbana, em decorrência da crescente migração das pessoas do campo para as cidades, e pelo aumento do número de transfusões de sangue.
Hoje, a doença de Chagas atinge cerca de 16 milhões de pessoas, concentrando-se nas zonas rurais e urbanas mais pobres, onde a proliferação dos barbeiros é facilitada pelo baixo nível das condições sociais, em vista da má qualidade das habitações.
Além do homem, mamíferos de pequeno porte têm funcionado como verdadeiros reservatórios do Trypanosoma cruzi, entre os quais destacam-se os gambás, macacos e morcegos, bem como os cães, gatos e ratos.

 

Parede de pau-a-pique de casa rural

Barbeiro que acabou de se alimentar

 

Modo de transmissão

Os insetos condutores do Trypanosoma cruzi se dispersam por toda a América Latina e, no Brasil, são vulgarmente chamados de "barbeiro", "chupões", "fincões", "bicudos" ou "chupanças". Este inseto tem por hábito eliminar suas fezes no local da picada onde sugará o sangue, deixando em meio às mesmas o Trypanosoma cruzi, que, por sua vez, irá infectar o homem ou o animal mamífero. A coceira decorrente da irritação da picada ajuda ainda mais a penetração do protozoário.
O nome científico do barbeiro é Reduviidae. No Brasil, os gêneros Triatoma infestans e Panstrongilus megistus são os principais transmissores da doença de Chagas
Como se alimentam de sangue são chamados de insetos hematófogos e, ao picarem uma pessoa ou animal já contaminado - que funciona como hospedeiro-reservatório -, reciclam a cadeia de transmissão do Trypanosoma cruzi.
A transmissão também pode ocorrer pela transfusão de sangue, por via transplacentária, ou por acidentes. Entretanto, nunca se comprovou a transmissão através da amamentação.
Apesar de descoberta há quase 100 anos, estima-se, atualmente, que a doença de Chagas atinja 4% da população rural, com maiores índices nos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Sergipe e Bahia - o que corresponde a cinco milhões de infectados, mais da metade residindo em cidades de médio e grande porte.

Trypanosoma cruzi

As fases da doença de Chagas

Após a contaminação pelo barbeiro há um período de incubação de cerca de 4 a 12 dias, a partir do qual inicia-se a chamada fase aguda da doença - que na maioria dos casos dura de três a oito semanas.
No entanto, freqüentemente esta fase passa despercebida, gerando maior mortalidade entre as crianças, principalmente as menores de três anos de idade, devido à infecção afetar o músculo cardíaco, o cérebro e as meninges, provocando miocardite ou meningoencefalite. Nesta fase, infelizmente, não há registros de casos de curas espontâneas da doença.

A fase crônica pode perdurar por 15 a 20 anos ou por toda a vida e são raríssimos os casos de cura espontânea.
No Brasil, 50 a 60% dos chagásicos encontram-se nessa forma da doença, sem manifestações clínicas. Calcula-se que, a cada ano, 2 a 4% desses pacientes passam à forma crônica clinicamente definida, ou seja, apresentam sintomas de doenças do coração, do esôfago e do intestino grosso. A doença é geralmente progressiva e mais comum no sexo masculino, ocorrendo mais freqüentemente a partir dos 30 ou 40 anos.
Anualmente, são registradas entre 5.500 e 6.000 mortes causadas pela doença de Chagas, mas o estudo de um pesquisador iraniano, Dariush Akavan, estima que mais de 17 mil brasileiros morrem todos os anos em decorrência desse mal. A mortalidade deve-se, basicamente, às formas graves da cardiopatia, mas também ocorre por complicações no intestino.
O Brasil, a partir de 1997, conseguiu interromper o ciclo da doença pela eliminação de praticamente todos os barbeiros infectados, com a aplicação maciça de inseticida nas casas infestadas pelos insetos. Foi um trabalho continuado da saúde pública brasileira que durou mais de trinta anos, mas que resultou na interrupção da transmissão vetorial pelo Triatoma infestans.

Nas áreas endêmicas, chama atenção à diferença significativa entre o pequeno número de casos diagnosticados na fase aguda e o grande número de casos crônicos conhecidos: apenas 1% dos casos são diagnosticados na fase aguda, provavelmente porque na maioria dos indivíduos a fase inicial não apresenta sintomas dignos de nota. Entre os poucos casos de registro em fase aguda, 605 são de crianças, nas quais os sinais se manifestam de forma mais rica, na palavra de um especialista. A fase aguda apresenta, em muitos casos registrados, as seguintes características:

·         Inchaço ou edema superior e inferior de pálpebra de um só lado;

·         Inchaço ou edema duro e de cor violeta no local da picada do barbeiro;

·         Aumento dos gânglios ou nódulos linfáticos atrás das orelhas.

Em 25% dos casos ocorre, ainda, uma marca na face ou braço, locais mais fáceis de serem picados, caracterizada por vermelhidão, coceira e tumefação da pele. Febre prolongada, cansaço e desânimo, dor e inchação dos gânglios linfáticos, inchação ou edema facial e das pernas, aumento do fígado e do baço são também características da fase aguda. O surgimento de taquicardia ou aceleração do ritmo cardíaco pode ocorrer com ou sem febre e é sinal de miocardite - que, na maioria dos casos, é benigna. No entanto, estes sinais desaparecem em dois a quatro meses. Após a fase aguda, mais da metade das pessoas acometidas por Chagas permanecem pelo resto da vida com a forma indeterminada, assintomática ou latente da doença, como já ressaltamos. Nos demais portadores crônicos, com o passar dos anos começam a surgir alguns sinais de comprometimento do coração ou sistema digestivo. Na fase crônica, a forma cardíaca é a mais grave e importante manifestação clínica da doença e pode ocorrer em 80% dos pacientes. Caracteriza-se por:

Vários Trypanosoma cruzi se aderindo

a uma fibra muscular cardíaca

·         Palpitações (taquicardia) e batimentos cardíacos fora de ritmo (extra-sístoles e arritmias);

·         Tonteiras;

·         Dor no peito, à esquerda;

·         Falta de ar quando da realização de esforços físicos;

·         Insuficiência cardíaca progressiva.

A forma digestiva da doença caracteriza-se pela dilatação e alteração dos movimentos do esôfago (megaesôfago) ou do cólon descendente do intestino grosso (megacólon). Isto ocorre porque a doença destrói as terminações nervosas e os músculos ficam frouxos, perdendo a capacidade de se contrair e fazendo com que o órgão (esôfago ou intestino) aumente de tamanho. No primeiro caso, o principal sintoma é a dificuldade para engolir (disfagia). Este é um sintoma progressivo, que evolui até a pessoa conseguir engolir apenas líquidos, pois sente dores ao realizar este processo, bem como vômitos, queimação e sensação de sufocamento. Soluços, aumento da salivação e tosse noturna são sintomas associados que podem evoluir até uma pneumonia por aspiração. O megacólon manifesta-se pela retenção de fezes e gazes, e muitas vezes pela formação de fecaloma - bolo de fezes endurecidas que obstrui a defecação.

Diagnóstico e tratamento

Na fase aguda, o diagnóstico da doença é corroborado pelo achado do Trypanosoma cruzi no sangue periférico - fato que também ocorre na fase crônica. Nesta, além disto, o raio x de tórax evidencia aumento da área cardíaca e o eletrocardiograma mostra as alterações que a doença provoca no coração. O tratamento, sempre a critério médico, dura um mês, mas o acompanhamento médico deve perdurar por toda a vida. Os percentuais de cura já alcançam de 60 a 70% dos pacientes.

 

Malaria

Aspectos Epidemiológicos

A malária ou paludismo, também conhecida como impaludismo, febre palustre, febre intermitente, ou, em suas formas específicas, febre terçã benigna, febre terçã maligna e febre quartã, recebe no Brasil outros nomes populares, como maleita, sezão, tremedeira, batedeira ou, simplesmente febre. Ela continua sendo uma das mais importantes doenças parasitárias, se bem que as medidas de controle e os medicamentos modernos já lhe tenham retirado parte daquele caráter de flagelo da humanidade, que antes lhe era atribuída.

Agente Etiológico

Plasmodium vivax

 A malária humana, no Brasil, é causada por uma das três seguintes espécies de plasmódios: 

·         Plasmodium malariae (Laveram, 1881);

·         Plasmodium vivax (Grassi e Feletti, 1890);

·         Plasmodium falciparum (Welch, 1897).

Em áreas com elevada transmissão de malária, onde coexistem o Plasmodium falciparum e o Plasmodium vivax, freqüentemente é detectada a associação dessas espécies no exame de amostra de sangue de um paciente; outro caso que também deve ser considerado como infecção mista é aquele identificado através da "Lâmina de Verificação de Cura" - LVC - após o tratamento radical da espécie diagnosticada inicialmente, outra espécie é revelada, sem que o paciente tenha contraído nova infecção.

· Reservatório: O homem é o único reservatório importante da malária humana, embora os macacos das espécies superiores possam albergar o P. malariae.

· Vetores: Todos os transmissores de malária dos mamíferos são insetos da ordem dos dípteros, da família Culicidae e do gênero Anopheles. Este gênero compreende cerca de 400 espécies, das quais apenas reduzido número tem importância para a epidemiologia da malária, em cada região. No Brasil, cinco espécies são consideradas como vetores principais: Anopheles darlingi, Anopheles aquasalis, Anopheles albitarsis, Anopheles cruzi e Anopheles bellator.

Os anofelinos são pequenos dípteros, medindo em geral menos de um centímetro de comprimento ou de envergadura, corpo delgado e longas pernas que lhe valeram em algumas regiões o nome de "pernilongo". No Brasil, são conhecidos também por "carapanã", "muriçoca", "sovela", "mosquito-prego" ou, simplesmente, mosquito. A maioria dos anofelinos tem hábitos crepusculares ou noturnos. Durante o dia, dirigem-se para lugares onde ficam ao abrigo da luz excessiva, do vento e dos inimigos naturais. Aí encontram também maior grau de umidade durante as horas quentes do dia. Nos abrigos situados próximo aos criadouros, o número de machos e o de fêmeas costuma ser mais ou menos o mesmo.

Em geral, tais ambientes são constituídos por arbustos e lugares de vegetação densa, oco ou árvores, espaços sob raízes e troncos caídos, em grutas ou buracos de animais, etc. Ao crepúsculo, movidas pela necessidade de uma refeição sangüínea, as fêmeas saem em busca de suas fontes alimentares: animais ou homens. As espécies que procuram principal ou unicamente o sangue de animais (mamíferos, aves, etc) são qualificadas pela maioria dos especialistas como "zoófilas", enquanto as que picam freqüente ou preferencialmente o homem são ditas "antropófilas". Certo grau de antropofilia é condição fundamental para que uma espécie de anofelino seja boa vetora de malária humana. Anofelinos que costumam penetrar nas habitações humanas participam mais ativamente da transmissão da malária do que as espécies que permanecem de preferência no exterior. Este traço do comportamento, qualificado como domesticidade ou endofilia da espécie, é tomado em consideração nos inquéritos epidemiológicos.

Encontra-se em águas profundas, límpidas, pobres de matéria orgânica. Na época das chuvas, forma novos criadouros nos alagadiços, escavações e depressões de terreno. Nos poços "ilhas flutuantes", ao longo dos grandes rios, contribui para o transporte e dispersão do An. darlingi. Além de sua domesticidade (endofilia), é notavelmente antropófilo, picando homens de preferência a outros animais. Em muitos lugares, pica freqüentemente fora das casas, condicionando uma transmissão extra-domiciliar da malária. Essa espécie é muito suscetível à infecção pelos plasmódios, tendo sido observadas, em condições naturais, taxas de parasitismo superiores a 20% no estômago (índice oocístico) e superiores a 5% nas glândulas salivares (índice esporosóitico). 

· Modo de Transmissão: a doença se transmite por uma fêmea anofelina infectante. A maioria das espécies se alimenta ao anoitecer ou nas primeiras horas da noite. Algumas espécies de Anopheles ingerem sangue humano que contém plasmódios em sua forma de gametócitos. Nas espécies suscetíveis à infecção, gametócitos macho e fêmea se unem para formar o oocineto que apresenta uma série de transformações no seu interior, no prazo de 8 a 35 dias, segundo a espécie do parasito e a temperatura a que está exposto o vetor, para formar os esporozoítos. Esses se concentram nas glândulas salivares e são injetados no organismo humano cada vez que o inseto se alimenta de sangue. A malária pode transmitir-se por injeção e transfusão de sangue de pessoas infectadas ou por seringas hipodérmicas contaminadas, como as que usam os toxicômanos. Pode haver transmissão congênita em casos excepcionais. 

· Período de Incubação: A média é de 12 dias para o P. falciparum,14 dias para o P. vivax e 30 dias para o P. malariae. Com algumas cepas de P. vivax, em zonas temperadas ou subtropicais, pode haver um período de incubação prolongado, de 8 a 10 meses. Nos casos em que a causa de infecção é uma transfusão de sangue, o período de incubação geralmente é breve, mas varia de acordo com o número de parasitos contidos no sangue. 

· Período de Transmissibilidade: O homem infecta o mosquito enquanto circulem no sangue gametócitos infectantes, em número suficiente para que o mosquito, ao sugá-lo, possa ingerir gametócitos de ambos os sexos. Em casos sem tratamento ou insuficientemente tratados, pode ser fonte de infecção para o mosquito durante mais de 3 anos, na malária quartã; de um a 3 anos na malária por vivax; e, geralmente, não mais de um ano, em malária por falciparum. O mosquito permanece infectante durante toda a sua vida. A transmissão por transfusão sangüínea pode ocorrer enquanto permanecer no sangue circulante formas assexuadas. O sangue armazenado pode continuar infectante durante 16 dias.

· Suscetibilidade e Resistência: de um modo geral, todas as pessoas são suscetíveis à infecção. Os adultos de uma coletividade altamente endêmica, onde a exposição aos anofelinos infectantes continua por muitos anos, desenvolvem tolerância ou resistência a infecção. 

Distribuição

Brasil: A distribuição geográfica é extensa. A área endêmica original, delimitada nos anos 50 através de estudos entomológicos e detecção de casos, abrangia 6,9 milhões de Km2. Ao final de 1997, cerca de 61 milhões de habitantes viviam nessa imensa área, dos quais 19 milhões na Amazônia Legal e 41 milhões nas demais regiões. Entretanto, a população mais exposta ao risco de contrair malária era bem menor: 6 milhões na Amazônia Legal e menos de 1 milhão no restante do país, esses últimos vivendo em áreas residuais de transmissão ("baixo risco") ou em torno de focos novos resultantes da introdução de casos importados. Dos 405.051 portadores de plasmódios diagnosticados através de exames parasitológicos, em 1997, 403.108 foram registrados na Amazônia Legal, ou seja 99,5% daquele total. 

Considere-se que a maioria dos pacientes que compõe os 0,5% restantes adoeceu na Amazônia, mas a identificação foi feita nas demais regiões (casos importados).

Mundo: A malária representa hoje a antropozoonose de maior prevalência no planeta, isto é, nenhuma outra doença do homem transmitida a outro homem, atinge e mata um número tão grande de pessoas, constituindo-se num dos maiores e mais graves problemas de saúde pública mundial deste século. Estima-se hoje que sua ocorrência no planeta fique perto dos quinhentos milhões de casos com 1,5 a 2,7 milhões de óbitos anuais. Destes, aproximadamente um milhão de crianças com menos de 5 anos de idade são penalizadas com o óbito por malária ou outra doença associada, sendo uma a cada 30 segundos. Quarenta por cento da população mundial vive em áreas de transmissão e exposta ao risco de contrair a doença. São 101 os países endêmicos de malária, que comportam 112 áreas endêmicas (regiões que apresentam registros contínuos de casos), todas localizadas na área tropical do planeta e definidas há pelo menos três décadas. (OMS - Malária: A Global Crisis, 1999).

 

 

Toxoplasmose

Aspectos Epidemiológicos

Precauções
A toxoplasmose é uma doença provocada pelo Toxoplasma gondii. O toxoplasma é um parasita que tem um ciclo de vida tanto nos gatos, onde se reproduzem (e são eliminados pelas fezes), quanto no homem, nos mamíferos não-felinos e pássaros, podendo provocar doenças.

O ser humano pode se contaminar através da ingestão de oocistos, uma forma do parasita que se encontra no solo, areia, latas de lixo ou em qualquer local onde os gatos defecam, disseminando-se através de transportadores como moscas e baratas; ingerindo cistos de carne crua e mal cozida, especialmente do porco e do carneiro; ou por infecção através da placenta — as mulheres que se infectam durante a gestação podem contaminar os fetos. Isto pode provocar, por exemplo, nascimento prematuro da criança e infecção com sintomas graves.

Toxoplasma gondii

Contaminação
Em geral, de 70% a 90% dos adultos podem ter sido infectados pelo toxoplasma.  Pode causar graves infecções e perda de parte da visão. A maior parte das infecções não provoca nenhum sintoma. A pessoa pode se contaminar e nunca saber. O organismo consegue controlar o parasita que permanece no corpo, mas sem provocar o mal.

Existem várias formas da doença. Nos casos agudos, os sintomas podem ser de febre, manchas no corpo, ínguas e dor na garganta. Quando o toxoplasma atinge o olho (retina), a pessoa pode ver manchas ou perder parte da visão. Nos pacientes em estados que provocam diminuição da defesa (imunidade) do organismo, como portadores do vírus HIV, existe um risco maior da toxoplasmose atingir o cérebro — causando dor de cabeça, tonturas, paralisias no corpo e convulsões — ou vários outros órgãos como coração e pulmões.

Resultado positivo nem sempre significa desenvolvimento da doença, a pessoa pode ter a infecção sem estar doente
O diagnóstico depende dos sintomas e da história clínica do paciente. Além disso, exames de sangue específicos que detectam a presença de anticorpos contra o toxoplasma (exames sorológicos) são necessários. Quando a doença atinge o olho, o exame oftalmológico, chamado de exame de fundo de olho, também é fundamental.

O fato do exame de sangue dar um resultado positivo não significa que a pessoa tem a doença. Pode representar uma infecção no passado que não teve nenhum sintoma, mas que deixou uma "cicatriz", ou mesmo uma infecção naquele momento que não necessariamente está provocando uma doença ou precisa de tratamento.

Existe tratamento para a toxoplasmose com antibióticos, mas nem sempre a pessoa com a infecção pelo toxoplasma deve tomar os remédios.

Se a infecção ocorre durante a gravidez, a gestante deve ser tratada para prevenir a doença no seu bebê. Crianças com toxoplasmose congênita (adquirida pela passagem do toxoplasma através da placenta) devem ser tratadas o mais rápido possível para prevenir as seqüelas das lesões nos olhos e no cérebro.

Quando a doença atinge o olho, o paciente também deve ser tratado e, além dos antibióticos, podem ser necessários outros medicamentos (corticóides) para diminuir a inflamação que o toxoplasma provoca na retina.

Nos pacientes com pouca imunidade (por câncer, AIDS ou outras doenças), a toxoplasmose deve ser tratada quando a infecção provocar sintomas e atingir órgãos como o coração, os pulmões e o cérebro.

Prevenção e risco
Para a prevenção, deve-se lavar as mãos após o contato com o solo, evitar a ingestão de carnes cruas ou mal cozidas, lavar as mãos após o manuseio de carne crua, lavar bem as frutas e verduras antes de comê-las e evitar contato com fezes de gatos (uso de luvas plásticas, por exemplo, quando for lidar com o local onde os gatos defecam). Pessoas que têm maior risco de ter problemas com a infecção pelo toxoplasma (e têm exame de sangue sorológico negativo), como gestantes e pessoas com baixa imunidade, devem pedir para outras pessoas cuidarem do gato ou mesmo dar de presente o animal.

Os gatos se infectam, principalmente, pela ingestão de carne crua. Os gatos que convivem no interior da casa com alimentos enlatados, cozidos ou rações têm pouco risco de se infectarem. Uma vez que este animal pode ter se alimentado fora de casa, deve-se recolher as fezes diariamente e colocar em vaso sanitário, por exemplo. A colocação das fezes do gato em latas de lixo pode trazer risco pelas moscas e baratas servirem de transporte. Como os gatos de rua defecam na areia e no solo, a contaminação é difícil de ser controlada. Recomenda-se cobrir os tanques de areia construídos para crianças brincarem nas praças e playgrounds quando elas não estiverem usando. 

Principais fontes de pesquisa - links:

 

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