Rã em pleno mergulhoClasse Amphibia

 

Autor: Kelvin Aires Cavalcante  - 6ª C

 

 

Introdução

 

Os anfíbios (gr. amphi = dupla + bios = vida) incluem três grandes ordens: anuros (sapos e rãs), urodelos (salamandras, tritões e afins) e ápodos (cobras-cegas), além de várias formas fósseis do Devoniano (considerado a idade dos anfíbios) e períodos seguintes.

        As salamandras apresentam cabeça e pescoço distintos, tronco longo (cilíndrico ou achatado) e uma longa cauda.

        Sapos e rãs têm cabeça e tronco unidos num grande corpo achatado, sem pescoço e cauda, patas anteriores curtas e posteriores longas. 

         As cobras-cegas são vermiformes, sem patas e com pequenas escamas internas na pele.

        O nome da classe refere, adequadamente, que a maioria das espécies passa parte do seu ciclo de vida em terra e parte em água doce (nunca vivem no mar). 

         São comuns em regiões temperadas, mas a grande maioria é tropical, embora alguns vivam em zonas frias (congelam no período frio) ou desérticas (escondem-se durante o período seco e são noturnos).

        Tanto na estrutura como na função, os anfíbios situam-se entre os peixes e os répteis, sendo o primeiro grupo de cordados a viver em meio terrestre. Os primeiros anfíbios apresentavam pulmões, mas também tinham características típicas de peixe, como a pele coberta de escamas e uma cauda suportada por raios cartilaginosos.

 

Salamandra leopardo

Cecília

Sapo parteiro

Salamandra

Cobra-cega

Sapo parteiro

 

        A adaptação à vida em meio terrestre levou ao surgimento de características como patas, pele e pulmões (para facilitar a respiração), narinas em comunicação com a cavidade bucal, excreção de menor quantidade de produtos tóxicos e órgãos dos sentidos que funcionam tanto em terra como na água.

        Apesar das suas muitas adaptações ao meio terrestre, os anfíbios como grupo estão limitados, na sua expansão para meios secos, pela sua dependência da respiração cutânea, incapacidade de produzir urina Rã dourada do Panamá (provavelmente extinta pois não é vista á 6 anos)concentrada e falta de um ovo resistente à dessecação.

        Estes animais são importantes predadores de insetos e invertebrados pequenos e são um importante elo do ciclo de nutrientes entre a água (onde os nutrientes são incorporados nas suas larvas) e a terra (onde morrem ao seres metamorfoseados).

        São adaptados para viverem fora da água na fase adulta, porém, dependem da água para a reprodução, pois são de reprodução sexuada, com fecundação externa e a forma larval (girino dos anuros) só respira por brânquias. Após sofrerem a metamorfose, passam a respirar pelos pulmões e principalmente pela pele (respiração cutânea) e assim precisam da água para manter a pele sempre úmida.

 

O esqueleto é predominantemente ósseo e não vivem em água salgada (mar).

 

A metamorfose é característica desses vertebrados, pois a forma larval ou girino é bem diferente da forma adulta. O único anexo embrionário é o saco vitelino.

A circulação é do tipo fechada e o coração tem três cavidades: duas aurículas e um ventrículo. No ventrículo ocorre mistura de sangue venoso com arterial (circulação dupla e incompleta).

 

 

A articulação do crânio com a 1a vértebra da coluna é feita por dois côndilos ou saliências do crânio que possibilitam a movimentação da cabeça para cima e para baixo, mas não lateralmente.

 

 

A boca possui pequenos dentículos para defesa e apreensão das vítimas; a língua é muito desenvolvida e presa na parte anterior.

 

 

Os sistemas digestivo, excretor e reprodutor terminam na cloaca.

 

Classificação
 
Os anfíbios classificam-se em três ordens:

 

Ordem Anura:

Inclui cerca de 90% das espécies conhecidas de anfíbios. Possuem cabeça e tronco fundidos, o que dá ao corpo um aspecto grande e achatado. As patas anteriores são curtas e as posteriores são longas e dotadas de potente musculatura, adaptadas aos saltos. Exemplos: sapos, rãs, pererecas.

 

 

Ordem Apoda:

Animais de corpo cilíndrico e longo, desprovidos de patas. Assemelham-se às cobras, o que valeu à maioria dos membros do grupo a designação de cobras-cegas.

 

 

Ordem Urodela:

São grosseiramente semelhantes a pequenos lagartos, com patas e cauda patente no adulto.
Exemplos: salamandras.

 

 

Organização Básica

 

Os anfíbios são animais pecilotermos, isto é sua temperatura varia de acordo com o ambiente. A pele úmida geralmente representa uma área adicional de respiração, além das brânquias, encontradas nas larvas, e dos pulmões dos adultos. Algumas espécies apresentam glândulas de veneno, chamadas glândulas paratóides.

A língua geralmente é musculosa e protrátil, usada na captura de insetos. É útil na alimentação dos adultos, geralmente caçadores. Os girinos (formas larvais) alimentam-se de plâncton.

Os anfíbios são dióicos, geralmente dotados de dimorfismo sexual. A fecundação habitualmente é externa, e o desenvolvimento é indireto.

 

 

No acasalamento, o macho dá o "abraço nupcial" ou amplexo, e estimula a fêmea a depositar na água seus óvulos. A seguir, ele deposita seus espermatozóides sobre os óvulos. Os embriões desenvolvem-se na água, e a perda por geração é enorme, o que é parcialmente compensado pela produção de milhares ou milhões de gametas por período de reprodução.

 

 

Os girinos correspondem ao estágio larval. São providos de cauda e brânquias, estruturas adaptadas ao ambiente aquático que ocupam. Durante a metamorfose, desaparece a cauda, fecham-se às fendas branquiais, desenvolvem-se os pulmões, as patas e a língua, além das mudanças gerais na morfologia corporal. Os hábitos alimentares também se alteram, passando de herbívoros para carnívoros, geralmente.

 

Ovos de salamandra

Metamorfoses durante o desenvolvimento de uma rã

Embriões

Fases de desenvolvimento (Metamorfose)

Fases de desenvolvimento (Metamorfose)

 

Dentre as salamandras, pode ocorrer o fenômeno da neotenia, pelo qual uma larva pode adquirir maturidade sexual e reproduzir-se sexuadamente, antes de completada sua metamorfose.

 

Principais fontes de pesquisa:

·         http://curlygirl.no.sapo.pt

·         http://www.biomania.com.br/