Classificação dos seres vivos
Autoras:
Fernanda Souza Rovaron, Gabriely Soares Táparo e Nathalia Akemi Yshiy – 6ª Série B
Introdução
Todos os seres vivos são formados por células, necessitam de alimento, precisam respirar, são capazes de se reproduzir e possuem uma composição química formada por substâncias orgânicas e inorgânicas.
As substâncias orgânicas são produzidas somente por seres vivos. São elas: proteínas, lipídeos, carboidratos, ácidos nucléicos e vitaminas.
As inorgânicas estão presentes na natureza e podem ser encontradas em elementos como o solo, rocha, etc. A água e os sais minerais (CA, I, Fé, Na, etc.) são excelentes exemplos deste tipo de substância.
A água tem destaque na constituição química de todos os seres vivos, ela representa de 75 a 85% de sua constituição. Ela é indispensável à vida e sua carência leva a dificuldade e, até mesmo, a impossibilidade do organismo realizar os transportes necessários ao seu equilíbrio e manutenção.
De acordo com seu tipo de célula, os seres vivos podem ser procariontes (com membrana celular, citoplasma e nucleóide) ou eucariontes (com membrana celular, citoplasma e núcleo). São seres procariontes: as bactérias, as algas azuis ou cianofícias. São eucariontes: os fungos, as plantas e os animais.
Quanto a sua classificação, os seres vivos estão atualmente divididos em cinco reinos:
|
|
Reino Monera |
|
|
|
Reino Protista |
Reino Fungi |
|
|
Reino Metaphyta ou reino Plantae |
Reino Metazoa ou Animalia |
OBSERVAÇÃO: Os vírus não possuem classificação definida pois passam a realizar funções vitais somente após invadir a estrutura celular, sequestrando os componentes que a célula necessita para formar novos vírus. A expressão classificação científica ou classificação biológica designa o modo como os biólogos agrupam e categorizam as espécies de seres vivos, extintas e atuais.
|
|
Vírus H1N1 |
Vírus bacteriófago |
O que é classificar?
Classificar é agrupar coisas de acordo com suas semelhanças e diferenças. Por exemplo, podem-se classificar selos agrupando-os de acordo com diversos critérios: o país de origem, o ano de sua emissão ou o motivo de sua estampa (flores, animais, personagens históricos, etc.). Nos supermercados os produtos são classificados e distribuídos de acordo com o tipo (latarias, produto de limpeza, bebidas, verduras, etc.). A semelhança é o ponto de partida de todas as classificações, mas é necessário escolher características realmente importantes, pois muitas semelhanças são apenas superficiais ou inadequadas à classificação. O local aonde vivem os organismos, por exemplo, não pode ser usado como critério principal de classificação, porque existem animais aéreos tão díspares como uma mosca, uma gaivota e um morcego.
No sistema atual
de classificação, além das semelhanças estruturais, hoje examinadas até níveis
microscópicos, também são estudadas as semelhanças e diferenças na composição
química das proteínas e dos genes que constituem os seres vivos. Carl Von Linée
ou Lineu (1707-1778), um naturalista sueco, escolheu como principal critério de
classificação, o plano de organização corporal, isto é, a estrutura e a
anatomia dos seres vivos.
Classificação – ordenação dos seres vivos em grupos, com base em parentesco, semelhança morfológica, entre outros, e sua hierarquização.
Categorias de classificação
* Espécie: (do latim “species” tipo) é um agrupamento de indivíduos com profundas semelhanças morfológicas e fisiológicas entre si, mostrando grandes similaridades bioquímicas, e no cariótipo (quadro cromossomial de células haplóides), com capacidade de se cruzarem naturalmente, originando descendentes férteis.
* Gênero: é o conjunto de espécies que apresentam semelhanças, embora não sejam idênticas.
* Família: é o conjunto de gêneros afins, isto é, muito próximos ou parecidos, embora possuam diferenças mais significativas do que a divisão em gêneros.
* Ordem: é um agrupamento de famílias que tem semelhanças.
* Classe: é a reunião de ordens que possuem fatores distintos de outras, mas comuns às ordens que a ela pertencem.
* Filo (ramo): é a reunião de classes com características em comum, mesmo que muito distintas entre si.
* Reino: é a maior das categorias taxionômicas, que reúne filos com as características comuns a todos, mesmo que existam diferenças enormes entre eles.
Os seres vivos
Características dos seres vivos
Além da característica de que os seres vivos são formados de células, existem outros aspectos que devem ser considerados, uma vez que se verificam somente entre eles. Os seres vivos, por exemplo, necessitam de alimento, passam por um ciclo de vida e são capazes de se reproduzir.
Os seres vivos necessitam de alimento
Uma pedra não precisa de nutrientes para se manter, ao contrário do que ocorre entre os seres vivos. É por meio dos alimentos que os seres vivos adquirem a matéria-prima para o crescimento, a renovação de células e a reprodução. São os alimentos também que fornecem a energia necessária para a realização de todas as atividades executadas pelo organismo.
As plantas produzem seu próprio alimento
Existem seres que são capazes de produzir seus próprios alimentos. Por isso são chamados de seres autotróficos. É o caso das plantas.
Toda planta faz fotossíntese, um processo de produção de alimentos que ocorre na natureza em presença da energia solar. Para realizar a fotossíntese é necessário que a planta tenha clorofila, um pigmento verde que absorve a energia solar. A planta necessita também de água e de sais minerais, que normalmente as raízes retiram do solo, e ainda de gás carbônico (CO2) do ar atmosférico, que penetra na planta através das folhas.
|
A glicose é um dos produtos da fotossíntese. Outro produto é o gás oxigênio, que a planta libera para o ambiente. Com a glicose a planta fabrica outras substâncias, como o amido e a sacarose. O amido é encontrado, por exemplo, na “massinha branca” da batata e do feijão. A sacarose é o açúcar que costumamos usar para adoçar, por exemplo, o café e os sucos; ela é encontrada naturalmente na cana-de-açúcar.
|
|
Glicose |
Cana-de-açucar |
A planta, dessa forma, se alimenta dos nutrientes que ela própria fabrica, à partir de energia luminosa, da água e do gás carbônico, obtido do ambiente em que vive.
Os sais minerais são indispensáveis para a ocorrência de inúmeros fenômenos que acontecem nos seres vivos. Os sais de magnésio, por exemplo, são necessários para a produção das clorofilas, uma vez que participam da constituição desses pigmentos. E, sem clorofila, a planta fica incapacitada para a realização da fotossíntese.
Os animais não produzem seus alimentos
Os animais, ao contrário das plantas, não produzem os seus alimentos. Por isso são chamados de seres heterotróficos.
Alguns só comem plantas (folhas, sementes, etc); são chamados os animais herbívoros. Outros só comem carne; são os carnívoros. Outros ainda nutrem-se de plantas e de outros animais; são os onívoros.
Os seres vivos nascem... e morrem
Os seres vivos nascem, desenvolvem-se, reproduzem-se, envelhecem e morrem.
Essas diferentes fases da vida de um ser constituem o seu ciclo de vida. Esse ciclo tem duração variável, de um tipo de ser vivo para outro. Veja alguns exemplos que indicam a duração média aproximada de vida de alguns animais.
Arara: 60 anos |
Crocodilo: 80 anos |
Cabra: 17 anos |
Chimpanzé: 20 anos |
Elefante: 100 anos |
Leão: 20 anos |
Coelho: 7 anos |
Porco: 10 anos |
Coruja: 27 anos |
Rato: 4 anos |
O ciclo de vida pode durar minutos ou centenas de anos, conforme o ser vivo considerado. Algumas bactérias podem completar seu ciclo de vida em cerca de 30 minutos. Outros seres, como as sequóias e alguns tipos de pinheiro, podem viver 4 mil anos ou mais.
Os seres vivos produzem seus descendentes
Todos os seres vivos têm capacidade de produzir descendentes, através da reprodução. O mecanismo de reprodução nos seres vivos é muito variado. Basicamente, tanto os seres unicelulares quanto os pluricelulares podem reproduzir-se de duas maneiras: assexuada e sexuadamente.
Na reprodução assexuada um único indivíduo origina outros, sem que haja troca de material genético através de células especiais para a reprodução. Já a reprodução sexuada envolve a fusão de dois gametas (masculino e feminino), processo que se denomina por fecundação.
|
|
Reprodução Assexuada |
Reprodução Sexuada |
Por que classificamos? (Resumo)
Quando nos deparamos com uma grande variedade de objetos ao nosso redor, temos a tendência de reunir em grupos aqueles que consideramos semelhantes, classificando-os. Está é uma característica inerente ao ser humano. O ser humano classifica as coisas porque isso as torna mais fáceis de serem compreendidas.
É provável que o
homem primitivo distribuísse os seres vivos em grupos: os comestíveis e os
não-comestíveis, perigosos e não-perigosos etc.
No nosso dia-a-dia, temos constantemente exemplos de classificação de coisas; ao se classificar os selos, por exemplo, levamos em conta critérios de semelhanças como país, o ano do selo, o motivo da estampa etc.
Em qualquer sistema de classificação são usados determinados critérios. Num supermercado, a disposição dos produtos nos corredores e nas prateleiras obedece a certas regras estabelecidas pelo proprietário. Por exemplo, os produtos de higiene pessoal ficam numa determinada prateleira de uma determinada seção, os refrigerantes numa outra e os chocolates em uma terceira etc. É claro que o dono de um supermercado pode usar critérios diferentes de arrumação.
Os cientistas também classificam. Mas no caso da Ciência, não é aconselhável a existência de muitos sistemas diferentes de classificação. Podemos perceber que isso tornaria muito difícil a “comunicação” entre cientistas.
A importância da classificação biológica é facilitar a compreensão da enorme variedade de seres vivos existentes.
|
Aristóteles |
A primeira tentativa conhecida de classificação foi feita pelo filósofo grego Aristóteles (384 - 322 a.C.).
Aristóteles trabalhou principalmente com animais e classificou várias centenas de espécies. Ele dividia os animais em dois grandes grupos: os com sangue e os sem sangue. Teofrasto, um discípulo de Aristóteles, descreveu todas as plantas conhecidas no seu tempo: ao classificar as plantas, um dos critérios utilizados foi o tamanho; ele as dividia em árvores, arbustos, subarbustos e ervas.
De Aristóteles até o começo do século XVIII houve pouco progresso. Foram elaborados alguns sistemas de classificação mas com pouco sucesso. Os critérios eram arbitrários, alguns biólogos classificavam os animais de acordo com seu modo de locomoção, outros conforme o ambiente em que ele vivia etc.
Um exemplo disso pode ser notado ao analisarmos a classificação de um animal tendo por base apenas o ambiente onde ele vive. Pássaros, morcegos e insetos são classificados como animais aéreos e, no entanto, são muito diferentes entre si. Certamente um beija-flor tem mais semelhança com uma ema (terrestre) do que com uma mosca.
Podemos notar que escolher como critério apenas o ambiente não acrescenta muito sobre o grupo.
Estas primeiras classificações eram consideradas artificiais, pois utilizavam critérios que não refletiam as possíveis relações de parentesco entre os seres vivos.
Hoje em dia classificações são naturais, pois procuram agrupar os seres vivos de acordo com o maior número possível de semelhanças, tentando estabelecer relações de parentesco evolutivo entre os mesmos.
Um grande marco na classificação dos seres vivos foi estabelecido pelo Naturalista e Médico sueco Linnaeus (lê-se Linô).
Linnaeus desenvolveu um sistema de categorias hierárquicas que, com algumas modificações, é usada hoje. No entanto, ele não levou em conta as relações de parentesco evolutivo entre seres vivos, pois acreditava que as espécies existentes na Terra tinham sido criadas uma a uma por Deus e que, desde o instante da criação até então, elas teriam permanecido sem qualquer alteração. Esse princípio da imutabilidade, denominado fixismo, era crença generalizada entre os naturalistas da época de Linnaeus.
|
Charles Darwin |
Atualmente o fixismo não é mais aceito, tendo sido contestado a partir dos trabalhos de Darwin em 1859. Darwin desenvolveu idéias sobre a evolução dos seres vivos através da seleção natural.
A teoria da evolução biológica ou simplesmente teoria da evolução diz que todos os seres vivos, dos mais simples até o homem, estão sujeitos a contínuas modificações ao longo do tempo. Assim, acredita-se que todas as espécies atuais ou as já extintas se originaram à partir de outras, pelo acúmulo de novas características, que revelam as suas adaptações aos diferentes ambientes durante a história da Terra.
Com a aceitação da teoria evolutiva, as espécies deixaram de ser vistas como grupos estáticos de seres vivos.
No sistema proposto por Linnaeus a espécie é a unidade de classificação e pode ser definida como sendo “um grupo de organismos que se acasalam na Natureza e cujos descendentes são férteis”.
O atual sistema de classificação dos organismos também considera a espécie como unidade de classificação.
As diferentes categorias de classificação, chamadas de categorias taxonômicas, foram ampliadas. Linnaeus elaborou um sistema de classificação onde havia 5 categorias de espécies semelhantes, que eram agrupadas em um mesmo gênero; os gêneros semelhantes são agrupados numa mesma família; famílias semelhantes são reunidas numa ordem; ordens semelhantes são agrupadas em uma classe; classes semelhantes são agrupadas em um filo ou divisão, e filos ou divisões semelhantes são agrupadas em um reino.
Principais fontes de pesquisa:
* http://www.todabiologia.com
* http://pt.wikipedia.org
* http://www.simbiotica.org
* http://netopedia.tripod.com
* http://www.portalbrasil.net
* http://educar.sc.usp.br