O Período Regencial
    José Tadeu Cordeiro

 

 

Dada a menoridade de D. Pedro de Alcântara quando da abdicação de D. Pedro I, constituiu-se a Regência Trina Provisória, e pouco depois, a Regência Trina Permanente.


    A Regência Trina Permanente, composta por Francisco Lima e Silva, Bráulio Muniz e Costa Carvalho, tinha como homem forte do governo o ministro da Justiça, padre Feijó, o criador da Guarda Nacional. Com a responsabilidade de manter a ordem, a Guarda Nacional era uma milícia de proprietários.


    Durante a Regência, os grupos políticos em luta eram os restauradores, defensores da volta de D.Pedro I; os moderados, favoráveis à centralização política; e os exaltados, defensores da descentralização e de reformas na sociedade brasileira.


    O Ato Adicional à Constituição, instituído em 1834, visava diminuir as tensões entre os grupos que disputavam o poder. Estabelecia-se, entre outras coisas, a transformação da Regência Trina em Uma, a autonomia provincial através das Assembléias Legislativas Provinciais e a criação do município neutro do Rio de Janeiro.


    As divergências entre os centralizadores e descentralizadores deram origem ao Partido Liberal, pró Feijó (progressista?) e ao Partido Conservador, oposicionista. A falta de controle sobre as rebeliões provinciais (Cabanagem, Balaiada, Sabinada, Farrapos, etc.) e a oposição ao seu governo provocaram a renúncia de Feijó, pondo fim a Regência Liberal e permitindo a ascensão do líder conservador, Araújo Lima, com atuação destacada de seu ministro da Justiça, Bernardo Pereira de Vasconcelos. A centralização do poder no Rio de Janeiro é a característica do seu governo.


    O período Regencial foi um dos mais turbulentos da história brasileira, uma vez que marca a ascensão da classe política brasileira na condução dos destinos do país. Além das Revoltas destacadas, houve lutas por todo país, em função das más condições de vida da população e de revoltas contra a organização política e econômica e, dos velhos ódios acumulados contra os portugueses.


    O Partido Liberal, na oposição à Regência propõe a Maioridade de Pedro de Alcântara, então com 15 anos. Aprovada, ele passa imperar como D. Pedro II.


    Nesse período, ganhou notoriedade o jovem militar Luis Alves de Lima e Silva, que foi o “pacificador” de várias revoltas e viria a ser o Duque de Caxias.

 

    Interpretando o texto


1.O que significa Período Regencial?


2.O que é o Ato Adicional de 1834? O que ele propôs?


3. O que era a Guarda Nacional?


4.Qual a diferença básica entre liberais e conservadores?


5.Porque tantas revoltas no Período Regencial?