Obesidade 

 Anorexia Nervosa 

 Bulimia Nervosa 

 Desnutrição 

 Fontes 

 

Obesidade

Há duas tendências sociais cruciantes para pessoas acima do peso ideal; uma é a grosseira e desumana discriminação estética e a outra é encarar o obeso como uma pessoa que não tem força de vontade e que ele é assim por que é preguiçoso.

Algumas vezes, isto gera preconceito em relação à pessoa obesa, dificuldades para relacionamentos sociais e afetivos, problemas para encontrar emprego e até mesmos quadros psiquiátricos conseqüentes a essa marginalização.

A obesidade é considerada hoje uma doença, tipo crônica, que provoca ou acelera o desenvolvimento de muitas doenças e que causa a morte precoce. Tudo isso é verdade, mas de qual doença estamos falando? Quem é obeso?

Na psiquiatria aprendemos que existem graus variáveis entre estar perfeitamente normal e perdidamente doente, ao contrário da obstetrícia, onde a pessoa está ou não está grávida; não há meio-termo. Com a obesidade dá-se o mesmo que na psiquiatria, ou seja, graus variados, indo desde o sobre-peso discreto até a obesidade mórbida.
Alguns autores começam seus artigos dizendo que “a obesidade acomete uma grande proporção de pessoas - no Brasil 40% da população adulta tem excesso de peso”. Outros dizem... “calcula-se que 300.000 pessoas nos Estados Unidos morrem por ano precocemente devido à obesidade e no Brasil, este número está entre 50.000 e 100.000 pessoas”. Às vezes temos a impressão que esses dados têm outro objetivo além da informação, eles podem pretender causar pânico entre todos os gordinhos. A indústria da obesidade, das dietas, das academias de ginástica, da tirania da estética é gigantesca.

Nossa cultura, altamente consumista, tem por hábito a ingestão excessiva de alimentos supérfluos, como balas, bolachas, salgadinhos, etc. Inclusive no relacionamento social, agraciamos nossas visitas, amigos, clientes ou grupos culturais com jantares, lanches, happy hour, cafezinho, bolo, etc.

Admite-se que a porcentagem de gordura corporal deve situar-se entre 15 e 18% para o sexo masculino e entre 20 e 25% para o sexo feminino. Podem ser considerados obesos os homens com percentual superior a 25% e as mulheres com mais de 30%.Qualquer definição de obesidade pode ser considerada arbitrária. Não é fácil a obtenção de uma classificação que separe com precisão indivíduos obesos e não obesos. A heterogeneidade da raça humana estimulou a criação, pelos estudiosos do assunto, de diversas definições, cálculos, tabelas, enfocando aspectos qualitativos e quantitativos. Mas, qualquer que seja o parâmetro ou a definição empregada, não há como separar o termo obesidade de excesso de gordura corporal.

Como o médico faz o diagnóstico?

A forma mais amplamente recomendada para avaliação do peso corporal em adultos é o IMC (índice de massa corporal), recomendado inclusive pela Organização Mundial da Saúde. Esse índice é calculado dividindo-se o peso do paciente em kilogramas (Kg) pela sua altura em metros elevada ao quadrado (quadrado de sua altura) (ver item Avaliação Corporal, nesse site). O valor assim obtido estabelece o diagnóstico da obesidade e caracteriza também os riscos associados conforme apresentado a seguir:
 

IMC (kg/m2)

Grau de Risco

Tipo de obesidade

18 a 24,9

Peso saudável

Ausente

25 a 29,9

Moderado

Sobrepeso (Pré-Obesidade)

30 a 34,9

Alto

Obesidade Grau I

35 a 39,9

Muito Alto

Obesidade Grau II

40 ou mais

Extremo

Obesidade Grau III ("Mórbida")

Conforme pode ser observado, o peso normal, no indivíduo adulto, com mais de 20 anos de idade, varia conforme sua altura, o que faz com que possamos também estabelecer os limites inferiores e superiores de peso corporal para as diversas alturas conforme a seguinte tabela : 

Altura (cm)

Peso Inferior (kg)

Peso Superior (kg)

145

38

52

150

41

56

155

44

60

160

47

64

165

50

68

170

53

72

175

56

77

180

59

81

185

62

85

190

65

91

OBESIDADE - POR QUE LIVRAR-SE DESSE MAL?

Introdução

O excesso de peso parece ser atualmente a marca registrada da civilização, principalmente em certos segmentos da sociedade. Muitos são os problemas que a obesidade traz para o organismo. Além disso, o lado estético está sempre presente e pode ser fonte de muita frustração.

A gordura, que cientificamente é tratada como um composto químico com múltiplas funções e implicações orgânicas, popularmente é renegada e combatida através das mais diversas técnicas.

Este trabalho traz informações atuais da importância do exercício físico para levar uma vida saudável, longe da obesidade.

Objetivos

Vimos, como principais objetivos deste trabalho, enfocar itens fundamentais de como ocorre a obesidade, os malefícios que trazem ao organismo o excesso de gordura, o papel fundamental da atividade física na redução e manutenção do peso de cada indivíduo, a relação entre obesidade e a idade de cada pessoa.

Como ocorre a obesidade: Freqüentemente, a obesidade deve-se mais ao que se come do que à quantidade que se come, o que pode gerar um desequilíbrio na balança da ingestão e gasto. Obtemos peso quando ingerimos mais do que gastamos; e perdemos quando gastamos mais do que ingerimos. Por fim, mantemos o peso estável quando os pratos da balança estão equilibrados.

A obesidade parece estar muito ligada a infância, pois é nesta fase, principalmente entre os dois e três anos que adquirimos a maior parte das células adiposas, responsáveis pelo armazenamento de gordura em nosso corpo. Essas células são muito elásticas e, estimuladas pelo excesso de alimentos, são capazes de armazenar gorduras até dez vezes o seu tamanho. Quando chegam a esse limite, divide-se ao meio, duplicando seu número. Resultado: gordura em dobro.

Esse poder de multiplicação diminui sensivelmente depois da adolescência, mas o tecido adiposo produzido na infância acompanhará o indivíduo por toda a vida. É a famosa "tendência a engordar", se ocorrer, deste indivíduo ter uma superalimentação, ele irá acelerar o processo, indubitavelmente a pessoa estará mais propensa e sujeita a obesidade.

Após a ingestão do alimento, durante a digestão, o bolo alimentar é degradado até partículas minúsculas que chamamos de nutrientes. Esses nutrientes passam facilmente do intestino para o sangue. Dos mais abundantes, os carboidratos, as proteínas e os lipídios são os principais.

As gorduras são usadas para várias funções no organismo, como, crescimento, espermatogênese, etc. Mas seu excesso também é armazenado nos adipócitos. Essas células variam de tamanho durante a vida e parece que o número delas também varia. Quando as células adiposas atingem um tamanho máximo (cheias de gordura) o organismo é estimulado a produzir novas células adiposas para que a gordura seja armazenada.

As dietas de emagrecimento esvaziam esses reservatórios de gordura, mas não eliminam as células adiposas. qualquer deslize alimentar, será suficiente para inchá-las novamente. quando as moléculas de gordura entram na corrente sangüínea, são carregadas imediatamente para dentro destas células.

Atualmente, está comprovado que quase nenhum tipo de obesidade é de origem glandular, a maior parte das vezes, a obesidade, mesmo nas crianças, é causada por perturbações emocionais. E também, um resultado de vários fatores, que podem ser genéticos, nutricionais, inatividade física, endócrinos, hipotalâmicos e drogas.

Também está estabelecido que os maiores causadores da obesidade e do excesso de gordura são a inatividade física e a superalimentação, como também que a prevenção ainda é o melhor caminho.

Os malefícios que trazem ao organismo o excesso de gordura: indivíduos obesos são passivos de maiores infiltrações de gorduras nas artérias, tão bem como manter-se obesos na idade adulta.

Como já foi falado anteriormente, a criança quando demonstra um excesso de peso nos primeiros anos de vida (entre dois e três anos), provoca uma proliferação das células adiposas (hiperplasia) ou desenvolvimento das células embrionárias latentes. Uma vez aumentado o número de células, estas se mantém ao longo da vida, alterando somente o volume celular adipocitário. Com maior número de células, as chances da obesidade são superiores.

É duplamente verdadeira a relação da criança ser gorda por não fazer atividades físicas, como não fazer pelo fato de ser gorda. O excesso de gordura pode exigir mais energia para realização de atividade que exijam deslocamento corporal, tão bem como provocar desajustes mecânicos deteriorando as habilidades motoras e ou as capacidades físicas.

Crianças magras não consolidam um processo de vida ativo, ou produto de aptidão, mas as conjeturas são maiores, após evidência da reciprocidade do sedentarismo e obesidade. Ser magro não é sinônimo de longevidade, mas tem menos risco de abreviar a vida comparado com pessoas de peso elevado em gordura. Pessoas moderadamente obesa tem 40% a mais de fatores de riscos, e obesidade severa apresenta 70% a mais.

Independente do nível de gordura é imprescindível realizar atividade física aeróbia para prosseguir o hábito permanente de vida. Crianças suficientemente ativas tem maiores condições de tornarem-se adultos ativos.

Prevenção de doenças cardíacas, pelo aumento de colesterol HDL, redução de colesterol LDL, ou ação mútua são fundamentais no princípio de vida. Estrias de gordura são observadas nos vasos sangüíneos de crianças, e se houver a fixação do colesterol nas paredes dos vasos até a idade adulta são ampliadas as possibilidades de provocar arteriosclerose.

A presença do colesterol é vinculado a genética com aspectos ambientais, capazes de sofrerem alterações. Assim, alimentação inadequada com abundância de gorduras saturadas, carboidratos complexos e inatividade física relacionam ao colesterol sangüíneo com alta fração LDL.

A hipertensão pode ser originada na infância ou na fase anterior da vida. Ela desempenha uma significativa prevalência na arteriosclerose, se já estiver presente, aumenta os riscos de doenças cardíacas.

A diabete é um estado de risco no sistema cardiovascular e as perturbações hemodinâmicas freqüentemente repercute em doenças cardíacas. Os problemas podem ser imediatos ou a longo prazo, reduzindo a qualidade e quantidade de vida do indivíduo.

Causada pela redução parcial ou total da secreção de insulina pelas células B das ilhotas de langerhans, classificam-se em diabete tipo I dependente de insulina mais comum em crianças e diabete tipo II independente de insulina mais comum nos adultos, principalmente nos obesos.

Em geral a gênese da diabete estreita-se a obesidade, história da família, diabete gestacional, excesso de peso do bebê.

Atividade física aeróbia aumenta a sensibilidade da insulina em diabéticos dependentes ou independentes, eleva o consumo de glicose durante o esforço evidenciado como protetor do sistema cardíaco e adapta-se ao esforço ao não diabético.

O papel fundamental da atividade física na redução e manutenção do peso de cada indivíduo: o exercício não é milagroso, como também não o são os remédios usados para emagrecimento. O milagre verdadeiro reside numa dieta equilibrada, proporcional ao gasto energético diário. O exercício físico é um potente auxiliador na redução do peso corporal, principalmente na redução da gordura corporal. Entre os exercícios mais conhecidos estão a caminhada (uma hora pelo menos), o ciclismo a passeio (40 minutos) , o trote (40 minutos) e a ginástica aeróbia proporcional a sua capacidade física em tempo e intensidade (excetua-se a ginástica aeróbia de alto impacto, pelos riscos de lesão).

O principal papel da atividade física deve ser o de aumentar o gasto energético acima da ingestão alimentar para que alguma gordura corporal seja reduzida. Em segundo lugar, o exercício é indispensável para evitar que as regiões em que mais se perdeu gordura fiquem flácidas, conseqüência natural da perda de gordura e peso.

É muito comum encontrar pessoas que fazem regimes os mais diversos. Muitas vezes, esquecem-se que não se deve perder peso muito rapidamente. Além de a região ficar com o tecido frouxo, ocorre a perda acentuada de nutrientes essenciais, componentes dos músculos que serão usados na atividade física, agravando mais ainda a frouxidão da região subcutânea. A dieta e o exercício devem estar muito bem combinados para o sucesso.

A ginástica calistênica é excelente para combater a flacidez. Caminhar, escalar. participar de jogos com bola não competitivamente são ótimos consumidores de gordura como combustível.

Obesidade x Idade: Parece que com o avanço dos anos a tendência é o aumento da espessura das dobras cutâneas, como conseqüência do aumento dos depósitos de gordura. Por Quê isso ocorre? Seria alguma coisa natural no envelhecimento? É fato que com o envelhecimento perde-se cálcio (nos ossos), massa muscular (proteínas), água celular, etc. Mas, não deveria ocorrer também uma redução da gordura corporal? Muitos pesquisadores pensam que se não deve haver uma redução na gordura, pelo menos não deveria haver aumento.

Isso parece estar relacionado com o aumento da inatividade física. Ocorre que, se a pessoa mais idosa já tem uma série de mudanças no corpo a enfrentar, um aumento na gordura corporal sem dúvida acarretará um fardo extra. Em recentes estudos realizados no Rio Grande do Sul, observou-se que a gordura é bem maior nas pessoas mais idosas (51 a 63 anos nos homens e 41 a 64 anos nas mulheres) do que nas pessoas mais jovens (homens de 21 a 50 e mulheres de 21 a 40 anos).

Obesidade mórbida

 Conclusão:

Concluímos, com a realização deste trabalho, que a obesidade está relacionada com diversos fatores, já descritos, e devemos livrar-se deste mal com muito esforço e força de vontade, porque ela relaciona-se com doenças como a diabete, hipertensão, colesterol e inatividade física. Por outro lado, atividade física aeróbia colabora na redução do colesterol, hipertensão, diabete e gordura corporal, sendo favorável manter-se ativo com o peso corporal desejado para livre fluxo sangüíneo nos vasos íntegros, e externamente - a nível estético (a pessoa obesa é, de certo ponto, discriminada por seu porte físico).

Então, a pessoa que não é obesa e mantém uma atividade física habitual, além de levar uma vida saudável, é bem mais aceita na sociedade.